22.9.10

"I miss you"

.




















































Da janela do meu quarto penso no (Seu)..

L.e.n.t.a|mente como se me ouvisses..
La fora a dor é uma noite aberta ao sil^ncio..



Deserta.
Escorrendo pela rua e fugindo para longe
de solidão em solidão..



Recolhendo manhãs que nunca acontecem por In.teiro..

A cidade dorme turva..
Sitiada pela leveza fria das ruas breves..
Penso no teu quarto..E o Quando de (mim)esta ai(..)


Continuo a janela como num ecrã de telhados
sobre o suicídio das camélias..


A janela é um cativeiro de passagem que separa tudo aquilo
que toco de tudo aquilo que me é deixado tocar:


Uma rua sem saida para que não me roubem o direito
a sentir-me encurralada.
Quero retratos a minha volta ate me doerem os gestos
(parados no tempo) Os meus e os teus..

Penso nos teus olhos que ainda rimam e nas tuas maos
carregadas de pomares que tomam sempre conta dos poemas doceis..

Despejo-me no cinzeiro e volto para a cama.


A noite nunca é suficiente.mente longa na acustica
espessa na escrita dos loucos e dos poetas..

(Dos bebados nos bares..)












Deito-me ao teu lado, dormes profundamente.






(Longe).
Muito longe daqui.






















"A felicidade aparece para aqueles que choram..
Para aqueles que se machucam..
Para aqueles que buscam e tentam sempre
Devemos tirar a pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer

A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre"

Clarice Lispector

3 comentários:

Wilsius Norte disse...

Belo e khá-lido. "De solidão em solidão..."

Marcos Paulo Souza Caetano disse...

Sabe qual seria um bom comentário agora?

Um lac^nico, assim.

Vou tomar suco de abacaxi.

Marcos Paulo Souza Caetano disse...

Aliás, lembrei de uma coisa...

...

Estava numa discussão no grupo de literatura nessa terça (21-07-2010), e estavamos discutindo sobre a origem da língua nos primórdios da linguagem. E falamos sobre coisas que não conseguimos expressar ainda, como os homens das cavernas, e descambamos para a questão de ser poliglota, para se expressar mais, se exteriorizar mais... e chegamos numa coisa bacana, algo que adorei, tão óbvio e genial... sobre saudade, e sobre essa palavra na língua portuguesa, numa frase perfeita:

"A Saudade é só nossa"

é... imaginei que vc teria gostado de ouvir isso, Tatiana. A saudade é mesmo só nossa.