29.4.09

Milagre

..









"...Me sentindo como uma aberração na coleira
Sentindo como se eu não tivesse saída
Quantas vezes eu já me senti doente




Às vezes eu não aguento (esse lugar)
o mundo, a vida..



Às vezes é a minha vida que eu não aguento
Às vezes eu não sinto (A) vida.


















_ _ _ _ _
Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender.
C.L/adpatado por mim





Ânsia de Per-ple-xi-da-de/
A viscosidade da barata, a sua ancestralidade,
o seu caráter imundo e abjeto..


Suscita um desejo de ir além, de penetrar no ser da barata,
de descobrir a verdade da barata, que talvez fosse a verdade
de si mesmo e do mundo. A personagem repensa toda a sua vida,
o modo pelo qual se apresentou ao mundo,
repensa o próprio mundo e a existência.






Angústia existencial





Também eu, que aos poucos estou me reduzindo ao que em
mim era irredutível, também eu tenho milhares de cílios
pestanejando, e com meus cílios eu avanço, eu protozoária,
proteína pura.


(Segura minha mão, cheguei ao irredutível com a
fatalidade de um dobre - sinto que tudo isso é antigo e amplo)

Sinto no hieróglifo da b.a.r.a.t.a lenta a grafia do






[Extremo Oriente..]


E neste deserto de grandes seduções, as criaturas: eu e a barata
viva.




A vida,
meu amor,
é uma grande sedução onde tudo o que
existe se seduz. tudo esta deserto e
por isso primariamente vivo.


Eu chegara ao nada, e o nada era vivo
úmido, com gosto de vômito..


Seria A visão da barata o um momento de "iluminação",
após o qual já não serei mais a mesma..







“E tudo o que anda de rastos e tem asas será impuro, e não se comerá.”


Abri a boca espantada: era para pedir um socorro. Por quê?
por que não queria eu me tornar imunda quanto a barata?
que ideal me prendia ao sentimento de uma idéia? por que
não me tornaria eu imunda, exatamente como eu toda me descobria?


O que temia eu?
ficar imunda de quê?



Eu queria pedir socorro contra a minha primeira
D.e.s.u.ma.n.i.z.a.ç.ã.o.





Eu [In]conflito
























































































































































°



°



°


{Preciso de um milagre}

sou pequena D+ estou sem (paz)
estou sem meus versos..


° ° °









__________________________________

Preciso chamar atenção para (mim)

Entra na minha casa
Entra na minha vida


Mexe com minha estrutura


(sara todas as feridas)

me En.s.i.n.a a ter santidade






Faz um Milagre em (mim)
letra adptada de Régis Danese










Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?


















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3 comentários:

Aline disse...

Entra na minha casa
Entra na minha vida


Mexe com minha estrutura


gostei

VCxVC

Marcella disse...

Estar sem versos quando a única coisa que queremos são palavras que carreguem consigo nossa agonia.

A vida deixa de ser somente uma definição quando a sentimos demais e não a sentimos mais.

Talvez eu usasse algumas das tuas palavras...

IgOr disse...

"é uma lucidez vazia, como explicar?"

Não se explica, apenas sente.

Uma das coisas que aprendi na minha última experi~encia que você sabe bem qual que é... É que não se pode explicar tudo... Esse é o nosso mal... Querer tudo detalhado, tudo desenhado...

Adorei suas palavras, na verdade, seu dasabafo, que mais parecia os meus desabafos, talvez pelas imagens que um dia eu também usei, ou por algumas palavras que ficaram nas entrelinhas...

Sempre me vi em você e hoje mais do que nunca quero continuar a fazer isso...

"Experiência é o nome que damos aos nosso erros".

Até mais bobona!