14.4.09

Clichê











[?]













Arranque de mim eu mesma...estou em agonia...agonia....agonia...agonia



















Minha alma hoje doi




Eu sou



Um amontoado de situações e informações oscilando entre dois pólos
Uma amálgama imperfeita entre o conteúdo e a frivolidade
A mistura do social e a solidão, das luzes e da escuridão


Um beco onde a minha entrada é a tua saída
um desajuste entre o burlesco e a doçura que perdura na candura
Controversa na loucura que assiste todas as negações e anarquias mentais

















Não te fascines
Eu



Sou apenas e só
Um clichê














Pinta o meu mundo das cores que te seduzem, apenas
porque meus desejos não me pertencem

Pinta-me em branco
Sonha-me em azul

Não sei porque" acho que em ti centraria
aquilo que sinto













verbalizando o que penso
O que é suposto eu fazer para te ter,
num espaço indefinido Finito e colorido de prazeres



Dizer-te quem sou é tão banal
e desnecessário me conheces mais que eu mesma

Eu sou

um conjunto de condições e conjecturas, pulando entre
um capricho e outro a divisão entre o ascetismo e o prazer
uma mescla informe entre dúvidas e confianças
bailarina dançando incessantemente ao som do murmúrio dos ventos




um corpo dividido entre a sanidade e insanidade
um projeto estudado, na paciência esperado
um sonho sonhado que tudo faz para não acordar

Não te fascines

Eu
Sou apenas e só
Mais um cliché






















Na angústia, o homem experimenta a finitude da sua existência humana. Todas as coisas supérfluas em que estava mergulhado se afastam deixando-o a nú

(Sartre)

Um comentário:

A.S. disse...

Muitas vezes os nomes não são nomes!
Que importam os nomes quando se possui a substância?
Amo todos os clichés!...
Eles bebem a violência a a obscuridade!
Sobrevivem no fulgor do desejo!
Orgasmos de fogo
sobre a nudez de uma corola!...