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Arranque de mim eu mesma...estou em agonia...agonia....agonia...agonia

Minha alma hoje doi
Eu sou
Um amontoado de situações e informações oscilando entre dois pólos
Uma amálgama imperfeita entre o conteúdo e a frivolidade
A mistura do social e a solidão, das luzes e da escuridão
Um beco onde a minha entrada é a tua saída
um desajuste entre o burlesco e a doçura que perdura na candura
Controversa na loucura que assiste todas as negações e anarquias mentais

Não te fascines
Eu
Sou apenas e só
Um clichê

Pinta o meu mundo das cores que te seduzem, apenas
porque meus desejos não me pertencem
Pinta-me em branco
Sonha-me em azul
Não sei porque" acho que em ti centraria
aquilo que sinto

verbalizando o que penso
O que é suposto eu fazer para te ter,
num espaço indefinido Finito e colorido de prazeres
Dizer-te quem sou é tão banal
e desnecessário me conheces mais que eu mesma
Eu sou
um conjunto de condições e conjecturas, pulando entre
um capricho e outro a divisão entre o ascetismo e o prazer
uma mescla informe entre dúvidas e confianças
bailarina dançando incessantemente ao som do murmúrio dos ventos
um corpo dividido entre a sanidade e insanidade
um projeto estudado, na paciência esperado
um sonho sonhado que tudo faz para não acordar
Não te fascines
Eu
Sou apenas e só
Mais um cliché

Na angústia, o homem experimenta a finitude da sua existência humana. Todas as coisas supérfluas em que estava mergulhado se afastam deixando-o a nú
(Sartre)
Um comentário:
Muitas vezes os nomes não são nomes!
Que importam os nomes quando se possui a substância?
Amo todos os clichés!...
Eles bebem a violência a a obscuridade!
Sobrevivem no fulgor do desejo!
Orgasmos de fogo
sobre a nudez de uma corola!...
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