
Lá fora, se faz o dia e eu ainda aqui inventando
a noite uterina nesse interior de um sono que não chega
hoje até a chave deu mais uma volta na fechadura
È claro que você está pelo lado de dentro
Tudo o que fica do lado de fora atormenta e ameaça
Em meio as trevas que cintilam terríveis
são as coisas que me rodearam pela noite a fora
Na ranhura dos lábios o ruído do sono
inextricáveis são os extremos recortados
dos lençóis que desenham os meus sonhos
enquanto ardem como avencas remordidas
no perfume da minha pele
Á tua falta é
Uma madrugada fria dentro de uma fotografia
parada de horror ante a urgência esmagadora
e surda dos meus poros
Me sinto incompleta e adormecida dentro de
um casulo perdida em uma fragilidade desconhecida
pelas paredes brancas
Uma quietude que sufoca
Eu sou a face prematura das coisas impossíveis
que me chegam pelo lamentar dos ventos
Murmurios inundados de um silêncio que
só os poetas ouvem
Violenta solidão nessa dualidade de querer-te
Dicomtomia da razão!!!
O silêncio rasga todas as perguntas não
verbalizadas. E a dor é Una e indivisível
(Delírios)

Oníricos que nos devoram a carne
e consome o espaço em volta
numa minúcia de inocência
palavras impressas no ar
respirando poemas mornos
néctares cheios de noites
E o tempo absolve-se em cada passo
diluído na minha saliva lenta
cheia de ti cobrem a escuridão
as palavras incessantes essas
que me invadem e sucubem na garganta
ocultas no grito
E no eco das palavras
inopinadas o vento as transformam
em melodia revelando o
secreto epitáfio das estrelas^^
O Amor não vê com os olhos, mas com a mente
por isso é alado, cego e tão potente
William Shakespeare
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