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Sentada no banco do jardim *ela, inventava memórias de momentos a dois
recriando-as em todas as palavras juntando-lhe aromas e sonoridades..
... E se hoje são de café e do bater das chuvas nas vidraças, amanhã
jurará a pés juntos que são certamente de orquídeas e de violinos.
Recorda todos os lugares que ainda não visitou, recorda o por-de-sol
em Viena que, segundo ela, se assemelha tanto ao que vê da sua janela..
Assegura que os jardins de Paris são eternos e que os
candeeiros nas ruas se acendem e apagam consoante a sua vontade.
Diz ela a quem passa que ainda reconhece o som dos passos dele
na calçada..
Sentada no banco do jardim ela recorda-se dele,
de todos os seus geitos e do modo como ele a embriagava
em promessas futuras.
Recorda O beijO que apenas existem encerrados em si
enquanto este dia durar porque as suas memórias são fugazes.
Sentada no banco de jardim inventa memórias e ninguém a quer ouvir.
Ninguém quer ouvir a insana e pactuar com a sua loucura.
|| ha sempre um poko de loucura no amor || (Platão)
Ainada sentada ela permanece,inventanto memórias de tempos idos
inventa sentimentos correspondidos e é feliz.
(A)prende-me...
Leva contigo os beijos que também te pertencem. Um a um como se
me pegasses em cada um dos meus passos e os transformasses
em marés de segredos.
Vem!!! pega-me na mão enquanto me murmuras que este chão é seguro
demais para nós os dois. Vem no encontro dos instantes e recria
o trapézio dos afetos em beijos de gesso e de sal.
Vem que hoje eu espero por ti, volta que hoje serei o tua
guia neste passeio por tudo o que sou.
Respira-me apenas.
Leva-me também.
Prende-me a ti.
Respira-me apenas.
Prende-te a mim.
Ounnn aGan...innnnn
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