16.6.09

Polaroide

..




















Repouso no equi(nócio)











Na minha liturgia de delírio
deito nesse jardim
de delicadas sedas
que desafiam
a melancolia












C
O
N
T
M
P
L
A
D
A










"Adormeço no esplendor do ab.surdo inopinada"













No pulsar do sangue que
corre sobressaltado Denso
abrigo de mansa insónia
nenúfar de uma loucura
criticada










Corres com o sangue

corres no anoitecer
da lapides proscritas
que desaparecem na sombra de um vulto












(Me) perco ceifando o luar que
inunda a doçura e profana olhares












(Queria as sílabas de Uns lábios
Queria o sal de um corpo)

Queria o silencio das rosas
e o jejum de um r.e.f.l.e.x.o

Queria a melancolia do assombro
febril e a seiva dos lagos de vidro






A.g.o.r.a














Parto na demanda dos corvos
como um animal ferido nos
braços de um nome me depositam
a beira mar

No limiar dos despojos
liberto-te em cada sílaba
recolho-te na mudez de um olhar

o vento transporta-me
até um abismo brotarei das
constelações e dos céus
numa exaltação minuciosa
no ímpeto dos dias


2 comentários:

Marcella disse...

Escaparam-me as palavras.
Fiquei presa às imagens...

IgOr disse...

Adoro a forma que vc compõe as palavras misturando essas imagens... Fica tudo tão intenso e sublime.