Repouso no equi(nócio)

Na minha liturgia de delírio
deito nesse jardim
de delicadas sedas
que desafiam
a melancolia
C
O
N
T
M
P
L
A
D
A

"Adormeço no esplendor do ab.surdo inopinada"

No pulsar do sangue que
corre sobressaltado Denso
abrigo de mansa insónia
nenúfar de uma loucura
criticada

Corres com o sangue
corres no anoitecer
da lapides proscritas
que desaparecem na sombra de um vulto

(Me) perco ceifando o luar que
inunda a doçura e profana olhares

(Queria as sílabas de Uns lábios
Queria o sal de um corpo)
Queria o silencio das rosas
e o jejum de um r.e.f.l.e.x.o
Queria a melancolia do assombro
febril e a seiva dos lagos de vidro
A.g.o.r.a

Parto na demanda dos corvos
como um animal ferido nos
braços de um nome me depositam
a beira mar
No limiar dos despojos
liberto-te em cada sílaba
recolho-te na mudez de um olhar
o vento transporta-me
até um abismo brotarei das
constelações e dos céus
numa exaltação minuciosa
no ímpeto dos dias
2 comentários:
Escaparam-me as palavras.
Fiquei presa às imagens...
Adoro a forma que vc compõe as palavras misturando essas imagens... Fica tudo tão intenso e sublime.
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