18.2.09

Revoadas..














Persigo meus Sil^ncios






Como quem caça mariposas e quero emudecer
com todas as palavras (Não) expelidas na garganta


Sinto vontade de quietudes imóveis








Olhos plácidos
Corpo dormente

Tenho ânsia de querer nada
De ter dito tudo no meu sil^ncio

Esgotado meu conteúdo
Exaurido consumido



Tenho ânsia de adormecer em minhas
letras depois de rebentar na última nota

Mas assim como acho que falta pouco no momento
do parto de outro poema que se espremer mais
um pouco extraio a última gota..


Reconstituo a matéria
de que sou feita



Já no próximo suspiro e volto a ser prenhez
de múltiplos versos


Um teatro de absurdos reais e absolutos
amores um extremo de vida e rutulânciaa..

Um desapego de matéria e circunstância
o sal nas pétalas uma dor de esquinas & (tatuagens)








Um gosto eterno de partidas
Um olhar Q-pede mais..


Um sopro que sopra e não alivia
Um eco incômodo numa casa vazia













Sobreviverei
de autofagia
e recomposições.


Afinal, a vida é (Alquimia)



"Ele me olhou de esquina piscou devagar me deu algodão doce
E o que havia em mim de menina saiu para brincar na chuva para
pisar na terra. Pra descobrir desenho em nuvens se tu me abraças
grande e me embalas como quem nina uma criança..

O que há de triste em mim poreja em meus olhos purga lágrima
meio doce transborda um tanto de alma Se tu me amas
louco com vontade urgente de me roubar o que há de
(felina em mim Vira menina)

2 comentários:

uma indigente disse...

Lindo! como sempre: a perfeição!
adoro te ler... voltarei para voar nas asas dos seus escritos anteriores.
Adorei vim aqui.
Bjos...

Lady643...

DayDreamer disse...

"Ah, de quantas fontes me alimento.
Pedaços de carne, corpos desmembrados.
Idéias partidas, fragmentos.
Pedaços do que li, vi, ouvi,
lascas do que pensei.
Farpas.
Partes do que senti.
Rejeitos, dejetos,
amuletos, objetos.
Verduras frescas, frutas podres,
materiais abjetos.

Tudo isto eu engulo sem muito mastigar."